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segunda-feira, 25 de julho de 2011

História do Ônibus Trólebus no Brasil II


Em 20 de maio de 1953, Belo Horizonte, MG, inaugura o serviço com a linha Lourdes, usando quatro veículos elétricos do tipo Twin-Coach. O sucesso foi grande e em 1956 o então prefeito Celso MeIo Azevedo determina a concorrência para compra de mais cinqüenta trólebus e nove subestaçães conversoras. A concorrência foi vencida pela firma Marmon -Herrington de Indianápolis, EUA, para os veículos, e Le Material Electrique SW, da França, para as subestaçães. Mas por falta de verbas, o material ficou retido por longo espaço de tempo na Alfândega do Rio de Janeiro, de onde foi retirado só em 1959. Nesse ano, no dia 17 de setembro, são inauguradas novas linhas: Coração de Jesus e Santo Antônio. Em 14 de fevereiro de 1960 inaugura-se a linha Serra-Ajmorés. Porém, devido à pouca manutenção e trajetos inapropriados, além de vários outros problemas, foi extinta em 22 de janeiro de 1969. Mesmo assim, chegou a ter nove linhas em tráfego, com extensão de 32,24 quilômetros.

Após quase vinte anos de ausência, estudou -se novamente a instalação de trólebus em Belo Horizonte, que voltariam a circular em um dos trechos mais movimentados da cidade - a Avenida Cristiano Machado, que liga o centro à Venda Nova, na zona norte.

Segundo o projeto da Metrobel, empresa responsável pela elaboração de um plano para o transporte de massa na capital mineira, seriam colocados inicialmente 110 trólebus com capacidade de transportar 20 mil passageiros por dia em 13,5 quilômetros.

Após Belo Horizonte, Niterói instala seus trólebus, que foram inaugurados em 21 de novembro de 1953. Foram usados 45 veículos de marca Vetra, franceses, que trafegavam sob uma rede de 38 quilômetros, sistema flexível, que não permitia alta velocidade, sendo comuns os desligamentos das alavancas. Também as ruas estreitas e com calçamento irregular dificultavam a operação dos trólebus, que em 10 de novembro de 1967 são eliminados da cidade.

Porto Alegre é a próxima cidade a adotar os serviços de trólebus em 1954,mas só inaugurou o tráfego em dezembro de 1963, devido a vários problemas surgidos durante o projeto. A frota que inicialmente era prevista para 300 veículos e 100 quilômetros de linha, não passou de 9 veículos trafegando em 9,6 quilômetros... Foi extinto o serviço em maio de 1969, tendo cinco de seus veículos, ainda em boas condições, sido vendidos para Araraquara, em São Paulo.

Outra cidade a se beneficiar com os trólebus foi Campos, no estado do Rio de Janeiro. Em meados de 1957 foi implantado o serviço com três linhas com extensão de 27 quilômetros. Foram adquiridos nove veículos e a frota não passou desse número até a extinção dos serviços, em junho de 1967. A seguir, em 1958, Araraquara, no estado de São Paulo, inicia o seu serviço de trólebus, que pouco a pouco se ampliou e continua até nossos dias. A Cia. de Trólebus de Araraquara é uma sociedade anônima, sendo seu maior acionista a Prefeitura Municipal, mas foi sempre administrada pela iniciativa privada.

A maioria dos veículos em tráfego é de fabricação nacional, como Villares-Grassi, Massari-Caio e Marcopolo-Inepar-Ansaldo. Tem mais de 100 quilômetros de rede aérea, com frota de cerca de 50 veículos.

Em meados de 1958, em Salvador, BA, é iniciado um serviço de trólebus que só durou até 1969. Os veículos eram italianos da marca Sadelmi SRL-Milão marca Fiat-Alfa Romeo-Marelli e somente trafegaram na parte baixa da cidade. Rodando em pistas não asfaltadas, algumas calçadas com paralelepípedos irregulares, surgiram muitos problemas com os comandos elétricos, devido à trepidação. Além disso, os veículos italianos tinham os comandos situados na parte inferior, apresentando problemas sempre que havia chuvas e alagamentos. Eram 50 veículos, que, sem peças de reposição e a dificuldade de se encontrar material similar no mercado brasileiro, foram se deteriorando, sendo encostados pouco a pouco.

Em seguida, em 15 de junho de 1960, Recife, PE, instala seu serviço de trólebus. Foram usados veículos norte-americanos da fábrica Marmon-Herrington (a mesma que havia vencido concorrência em Belo Horizonte). Em 1962 são adquiridos mais vinte veículos, mas já de fabricação nacional, da Villares/Caio. No ano seguinte são adquiridos mais quatro do serviço de Belo Horizonte.

A Cia. de Transportes Urbanos (CTU) que, em meados de 1980, estava encontrando dificuldades em manter os veículos em tráfego, recebeu auxílio da EBTU e passou a reconstruir os veículos avariados e restaurar a rede aérea. Compraram-se doze trólebus novos do consórcio Ciferal/Scania/Tectronic. Houve paralisação para esses serviços e o tráfego foi reiniciado em 13 de setembro de 1981, com dez carros reformados. A CTU continua em atividade.

Em 31 de agosto de 1962 é iniciado no Rio de Janeiro o tráfego dos trólebus. Os estudos datavam de 1955, e foram encomendados no exterior 200 veículos elétricos que aqui chegaram em fins de 1958, mas por não estarem prontas ainda as linhas e pela morosidade da instalação, os trólebus permaneceram por três anos no cais do porto, sofrendo os efeitos das intempéries, praticamente abandonados. Foram criadas 23 linhas, sendo que a inaugural foi Esplanada do Castelo ao Morro da Viúva. Na ocasião, o então governador Carlos Lacerda informou que o Estado administrava o serviço a título precário, por não ter ainda a Assembléia Legislativa aprovado a lei que criava a respectiva companhia administradora. Os veículos eram de origem mista (General Electric/Milano ) e os mesmos problemas surgidos em Niterói foram causadores do mau serviço no Rio. Em 1971, com apenas 60 veículos em tráfego e uma extensão de rede que chegava a quase 277 km, o serviço foi extinto em abril.

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